Sinopse- Sam
ama fatos. Ele é curioso sobre óvnis, filmes de terror, fantasmas,
ciências e como é beijar uma garota. Como ele tem leucemia, ele quer
saber fatos sobre a morte. Sam precisa de respostas das perguntas que
ninguém quer responder. ”Como Viver Eternamente”, é o primeiro romance
de uma extraordinária e talentosa jovem autora. Engraçado e honesto,
este é um livro poderoso e comovente, que você não pode deixar de ler. A
autora tem apenas 23 anos e embora seja seu primeiro livro, ele está
sendo lançado em 19 países, dirigido a crianças, adolescentes e adultos.
Este
é meu livro, iniciado em 77 de janeiro e terminado em 12 de abril. É
uma coletânea de listas, histórias, fotos, perguntas e fatos.
É também a minha história.
Lista N° 1 - Cinco fatos a meu respeito
1. Meu nome é Sam.
22. Tenho onze anos.
3. Coleciono histórias e fatos fantásticos.
4. Tenho leucemia.
5. Quando você estiver lendo isso, provavelmente já estarei morto.
...
Como
Viver Eternamente, me surpreendeu - muito- por tratar de um assunto
que hoje em dia vemos em muitos livros, mas nesse livro a Sally
conseguiu levar a história para um outro lado, onde nos mostra o lado de
uma criança de 11 anos, que foi
diagnosticado com leucemia três vezes: nas primeiras duas vezes ele e
sua família embarcaram em um longo tratamento que os encheu de
esperança, contudo,
na terceira vez os medicamentos foram reduzidos sob a perspectiva de
manter Sam vivo e não de curá-lo. Por isso, depois de tantas injeções,
das longas conversas com o médico, das sessões de quimioterapia, e dos
incontáveis dias de dor e choro Sam, mesmo tão jovem, percebeu que dessa
vez os remédios só iriam retardar o inevitável, que só iriam prolongar o
momento de sua morte. Contudo o que é a morte para uma criança? Se para
um adulto já é difícil compreender os mistérios da morte e do amor de
Deus, imagine para alguém de pouco mais de dez anos?
Este foi o primeiro livro da autora Sally Nicholls,
e gente, ela acertou em cheio. Seu livro é comovente. É simples,
direto, mas cheio de uma riqueza e de sentimentos que o tornam único e
especial. Eu ainda sinto toda a alegria e tristeza que a leitura me
proporcionou.
Também conhecemos Felix, seu melhor amigo, que também sofre com o câncer. Juntos eles vivem suas aventuras, e Felix ajuda Sam a realizar seus sonhos. Juntos eles percebem que nada é impossível, que eles podem ser e realizar o que quiserem. Sam tem
sonhos simples, e outros um tanto diferentes ou difíceis, mas nunca
imaginou que pudesse realizá-los. Como ir até a lua; andar em um
dirigível; subir uma escada rolante que desce e descer uma escada
rolante que sobe; bater um recorde; ver nosso planeta do espaço; etc.
Mas aos poucos ele consegue conquistar cada um dos seus sonhos, de uma
forma inusitada e bela. Desta
forma é por meio da narrativa de Sam, e de sua maneira infantil e ao
mesmo tempo madura de enxergar o mundo ao seu redor, que descobrimos
mais sobre sua doença, seus sonhos e desejos para um futuro que ele sabe
que não terá, sua forte amizade com Felix, e a forma que sua família
age de forma diferenciada aos altos e baixos causados pela leucemia: a
irmã que parece estar sempre enciumada, o pai que se faz de cego perante
a dura realidade de seu filho, e a mãe que tenta ser forte para fazer tudo
ficar bem. Posso dizer sem medo que essa particularidade da narrativa é
o verdadeiro charme do livro que, por ser uma espécie de diário, entra
na mente de Sam e deixa transparecer seus verdadeiros medos e anseios,
tocando e encantando o leitor com sua veracidade.
Eu poderia até dizer que mesmo na dor o livro é belo, porém
apesar dos sorrisos que Sam arranca essa história tem sim seu lado
obscuro e doloroso, como as recaídas, as frustrações, as perdas e a dura
realidade por trás do olhar compreensivo desse jovem protagonista –
afinal o fato dele saber que vai morrer e lidar razoavelmente bem com
isso não diminui a dor dessa compreensão. Sally escreveu seu livro do ponto de vista de Sam, e com sua história tão singela e bela. me tocou! Eu sou grata por ler um livro tão lindo, tão emocionante.
Não tem sentido ter desejos se a gente pelo menos não tentar realizá-los.
"Ele não fala da morte, nas da vida
Não fala do fim, mas da eternidade.
Não fala da tristeza, mais da alegria de viver.
Ele fala, sim, do que também é feito, mas é pura beleza.
Você vai lendo, lendo e se encantando com a maravilha da vida e do seu sentido.
Seja lá que sentido for esse.
E
quando ler a página final, o testamento de Sam, com um nó na garganta e
uma lágrima rolando pelo rosto, você pensa apenas que, se um dia for
morrer, que seja desse jeito."
Espero que gostem da resenha, deixem comentários.
beijokas <3
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