31/08/2015

Resenha: Como Viver Eternamente


  • Titulo: Como Viver Eternamente
  • Autor: Sally Nicholls
  • Editora: Geração
  • Ano: 2014
  • Páginas: 229

Sinopse-  Sam ama fatos. Ele é curioso sobre óvnis, filmes de terror, fantasmas, ciências e como é beijar uma garota. Como ele tem leucemia, ele quer saber fatos sobre a morte. Sam precisa de respostas das perguntas que ninguém quer responder. ”Como Viver Eternamente”, é o primeiro romance de uma extraordinária e talentosa jovem autora. Engraçado e honesto, este é um livro poderoso e comovente, que você não pode deixar de ler. A autora tem apenas 23 anos e embora seja seu primeiro livro, ele está sendo lançado em 19 países, dirigido a crianças, adolescentes e adultos.



Este é meu livro, iniciado em 77 de janeiro e terminado em 12 de abril. É uma coletânea de listas, histórias, fotos, perguntas e fatos.

É também a minha história.




Lista N° 1 - Cinco fatos a meu respeito
1. Meu nome é Sam.
22. Tenho onze anos.
3. Coleciono histórias e fatos fantásticos.
4. Tenho leucemia.
5. Quando você estiver lendo isso, provavelmente já estarei morto.

...

 Como Viver Eternamente, me surpreendeu - muito-  por tratar de um assunto que hoje em dia vemos em muitos livros, mas nesse livro a Sally conseguiu levar a história para um outro lado, onde nos mostra o lado de uma criança de 11 anos,  que foi diagnosticado com leucemia três vezes: nas primeiras duas vezes ele e sua família embarcaram em um longo tratamento que os encheu de esperança,  contudo, na terceira vez os medicamentos foram reduzidos sob a perspectiva de manter Sam vivo e não de curá-lo. Por isso, depois de tantas injeções, das longas conversas com o médico, das sessões de quimioterapia, e dos incontáveis dias de dor e choro Sam, mesmo tão jovem, percebeu que dessa vez os remédios só iriam retardar o inevitável, que só iriam prolongar o momento de sua morte. Contudo o que é a morte para uma criança? Se para um adulto já é difícil compreender os mistérios da morte e do amor de Deus, imagine para alguém de pouco mais de dez anos?  

Este foi o primeiro livro da autora Sally Nicholls, e gente, ela acertou em cheio. Seu livro é comovente. É simples, direto, mas cheio de uma riqueza e de sentimentos que o tornam único e especial. Eu ainda sinto toda a alegria e tristeza que a leitura me proporcionou.

Também conhecemos Felix, seu melhor amigo, que também sofre com o câncer. Juntos eles vivem suas aventuras, e Felix ajuda Sam a realizar seus sonhos. Juntos eles percebem que nada é impossível, que eles podem ser e realizar o que quiserem. Sam tem sonhos simples, e outros um tanto diferentes ou difíceis, mas nunca imaginou que pudesse realizá-los. Como ir até a lua; andar em um dirigível; subir uma escada rolante que desce e descer uma escada rolante que sobe; bater um recorde; ver nosso planeta do espaço; etc. Mas aos poucos ele consegue conquistar cada um dos seus sonhos, de uma forma inusitada e bela. Desta forma é por meio da narrativa de Sam, e de sua maneira infantil e ao mesmo tempo madura de enxergar o mundo ao seu redor, que descobrimos mais sobre sua doença, seus sonhos e desejos para um futuro que ele sabe que não terá, sua forte amizade com Felix, e a forma que sua família age de forma diferenciada aos altos e baixos causados pela leucemia: a irmã que parece estar sempre enciumada, o pai que se faz de cego perante a dura realidade de seu filho, e a mãe que tenta ser forte para fazer tudo ficar bem. Posso dizer sem medo que essa particularidade da narrativa é o verdadeiro charme do livro que, por ser uma espécie de diário, entra na mente de Sam e deixa transparecer seus verdadeiros medos e anseios, tocando e encantando o leitor com sua veracidade.

Eu poderia até dizer que mesmo na dor o livro é belo, porém apesar dos sorrisos que Sam arranca essa história tem sim seu lado obscuro e doloroso, como as recaídas, as frustrações, as perdas e a dura realidade por trás do olhar compreensivo desse jovem protagonista – afinal o fato dele saber que vai morrer e lidar razoavelmente bem com isso não diminui a dor dessa compreensão.  Sally escreveu seu livro do ponto de vista de Sam, e com sua história tão singela e bela. me tocou! Eu sou grata por ler um livro tão lindo, tão emocionante. 

Não tem sentido ter desejos se a gente pelo menos não tentar realizá-los.

"Ele não fala da morte, nas da vida

Não fala do fim, mas da eternidade.

Não fala da tristeza, mais da alegria de viver.
Ele fala, sim, do que também é feito, mas é pura beleza.
Você vai lendo, lendo e se encantando com a maravilha da vida e do seu sentido.
Seja lá que sentido for esse.
E quando ler a página final, o testamento de Sam, com um nó na garganta e uma lágrima rolando pelo rosto, você pensa apenas que, se um dia for morrer, que seja desse jeito."


Espero que gostem da resenha, deixem comentários.
beijokas <3

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