20/05/2015

Crônicas

Meu Nome


Com o meu corpo encostado em uma enorme arvore e despertei do meu longo sono forçado. Ao abrir os olhos me deparei com um céu azul e algumas nuvens indo embora. Percebi que acabara de chover. Sem conseguir me mexer percebi que estava ferido. Não sentia a minhas pernas. Para falar a verdade eu não sentia o que sobrou delas. Olhando para o céu eu comecei a chorar por não conseguir lembrar o que tinha acontecido. Minha cabeça doía e pensar não estava ajudando muito.
Então comecei a sentir uma falta de ar enorme, uma dor em meu peito e os ferimentos que haviam em meu rosto arder como se eu tivesse perdido toda a pele, deixando assim minha carne expostas. Tentei me mexer, tentei olhar para os lados e foi tudo em vão. Estava tudo em silêncio e eu só ouvi o som dos pássaros sobre minha cabeça. Ergui as mãos diante de meus olhos. Elas estavam com barro e sangue. Assim eu percebi que eu não lembrava o meu nome.Tentei me mexer e a dor foi aumentando, o pavor de não me lembrar de nada me deixou mais agitado. Então seria assim: Ao fechar meus olhos para sempre sem saber qual era o meu nome.


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