Latim
Parte I
-Fiquei sabendo que antes arrancaram os dentes dela. A Santa.
- Santa nada, era uma bruxa
Morris, pobre homem, trabalhador, todos os dias acordava cedo e ia para fábrica. Era um homem muito feio, sempre com as unhas sujas e o rosto encardido. Mas Dizem que beleza depende dos olhos de quem vê. A Santa viu beleza naquele pobre homem. Solteiro, seu sonho sempre foi casar e ter filhos, mas o pobre rapaz não consegue nem se sustentar sozinho, imagine uma família. Mas se bem que dizem que o amor supera tudo. Que vida miserável, sem amigos e faço questão e enfatizar: Sem beleza.
A Santa estava parada na sua frente, ela acompanhada de sua beleza, a personificação da beleza trazida em carne e osso. Que mulher. Aqueles lábios roxos, em um roxo impecável, que apesar da combinação tosca com o seu vestido branco decotado, criando um visual estranho, porém belo.
Ela começou a caminha, ou melhor, a flutuar envolta do corpo de Morris, pobre homem, pobre homem sortudo. Ela caminhava deslisando aquelas mãos brancas pelo seu horrível rosto. Seus seios faziam questão de balançar enquanto ela flutuava. Mas não era aquele balançar grotesco. Mas sim um balançar suave e gracioso. Que mulher.
Morris estava encantado, estava babando, estava tremendo estava quase chorando de tanta sorte e aquela bela mulher, A Santa, começou a sussurrar em seu ouvido:
Morris estava encantado, estava babando, estava tremendo estava quase chorando de tanta sorte e aquela bela mulher, A Santa, começou a sussurrar em seu ouvido:
- Lúcio Apuleio, meu pai, nasceu em Madoura, já ouviu falar?
Morris abre sua boca para responder, mas é impedido por um dedo gelado, com unhas cumpridas.
- Apenas me escute, querido
Morris, fecha seus olhos, apertando-os bem forte e como a balançar a cabeça desesperadamente em sinal de consentimento. Afinal, ele não queria perder o momento.
- Ele foi casado com um rica viúva, Bruxa, que deixou o meu pai Burro, miserável. Meu pai, um grande escritor.
Ao poucos os olhos daquela mulher foram inflamando e as palavras começaram a sair com mais força de sua boca, com mais raiva, com toda a negatividade do mundo.
- Meu pai, um grande filosofo. Grande homem, meu criador, reduzido a nada por uma bruxa velha, por uma feia, por uma puta... Eu quero vingança.
Morris presta atenção em cada palavra que sai daquela doce boca. E é dominado por um sentimento de vingança contra algo que ele nem conhece. De algo que ele nunca viu, de quem ele não conhece. Ele quer vingar, ele quer servir em nome de Lúcio Apuleio. Ele quer ser fiel A Santa. Ele está com o capeta no corpo.
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